Paratleta da equipe ATA Brasil fala da sua paixão pelo tiro esportivo

Não é novidade que o esporte transforma vidas e ajuda muitas pessoas a superarem limitações. A prática esportiva é tida como um espaço de inclusão social e reúne uma série de benefícios, principalmente para paratletas, tal como o Paulo Marcos Carvalho.

 

O motorista de aplicativo e armeiro iniciante em armas de pressão, foi atropelado no dia primeiro de janeiro de 1994. Após festejar a virada do ano com amigos, procurou um táxi para voltar a sua residência, e dois veículos, que estavam fazendo rachas em alta velocidade, o arremessaram a uns 20 metros de distância.

 

“Fiquei o ano de 1994 todo em recuperação, e inclusive, seis meses sem poder me sentar na cama. Hoje tenho atrofia muscular na perna direita, encurtamento e uma placa de metal com 12 parafusos e alguns ainda quebrados”, conta.

 

No entanto, o acidente não impossibilitou de Carvalho fazer o gosta: atirar. E, inclusive, participou no mês passado da segunda edição do Ultimate IPSC (International Practical Shooting Confederation), maior competição de Tiro Prático da América Latina.

 

Integrante do Team ATA Brasil, a sua paixão por armas começou desde muito cedo. Na adolescência, acompanhava o pai nos torneios de tiro ao prato, no extinto clube dos caçadores em Campinha Grande (PB). E em 2007, fez seu primeiro curso com o campeão Rogério Rosas, mas por questões financeiras só conseguiu ter o seu certificado de registro no fim de 2019.

 

Sempre persistente e em busca de seus objetivos, como um verdadeiro guerreiro, Carvalho já participou de vários torneios a nível estadual e nacional, conquistando muitas medalhas. O ano mais marcante foi em 2020, quando ganhou cinco medalhas de ouro, uma de prata e outra de bronze, pela Confederação Brasileira de Tiro Esportivo (CBTE).

 

“2020 foi um ano bem especial pra mim, mas entre 2021 e 2022, fiquei sem participar de todas as etapas por questões financeiras. Isso porque, fui vítima no golpe do leilão e perdi minha ferramenta de trabalho (o carro), e logo tive de repassar meus equipamentos”, relembra.

 

Por este motivo, Carvalho é filiado hoje apenas na Confederação Brasileira de Tiro Prático (CBTP). “Na minha visão, a CBTP é a única entidade do esporte de tiro que de fato apoia o paradesporto, onde somos isentos de anuidade e inscrição em provas”, conta. E para impulsionar ainda mais a sua vida no esporte, neste ano, teve uma surpresa positiva e conheceu a Cris Viana da Proshooters System, idealizadora do Instituto ATA BRASIL, o qual reúne uma delegação de pessoas com deficiência de todo o Brasil.

 

Quer conhecer mais sobre os torneios que o Carvalho participou? Acesse o seu canal do Youtube, clicando aqui.